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  Símbolos

"Symbols of divine truths were not invented for the amusement of the ignorant; they are the alpha and omega of philosophic thought."

 

                 Helena Blavatsky

 

 

"I believe in the language of symbols, because they carry the power to transcend barriers, allowing us to travel beyond the barriers of culture, intellectual dogma, and ultimately personal identity."

 

                 J. Rosenfeld

Âncora

 

A âncora é um símbolo de segurança, estabilidade e esperança. Cristo é frequentemente referido como uma âncora no mar da vida. Uma âncora representada com um golfinho é um símbolo de Cristo na cruz.

A âncora é um tipo de cruz: uma âncora é uma combinação da cruz e do crescente, um símbolo de Maria.

 

Photo Credits by Helena Simões da Costa © 2015 (em Lisboa)

Dragão

 

Combinando características dos quatro elementos - terra, ar, fogo, água - o dragão simboliza a luz e as trevas, o sol e a lua, o masculino e o feminino, e a unidade subjacente a estas forças opostas. O dragão possui as asas de um pássaro e as escamas de uma cobra ou peixe. Cospe fogo e, muitas vezes, guarda um tesouro na sua toca. No Oriente e na Europa pré-cristã, o dragão era considerado simpático e prestável - de facto, o dragão vermelho é o emblema do País de Gales. Mas o Cristianismo, que via a serpente como símbolo do mal, considerava o dragão uma criatura agourenta, representando as forças destrutivas e o caos interior.

Apesar de na Europa medieval o dragão ser um símbolo da morte, existem outras crenças (no Ocidente e no Oriente) que dizem que o dragão é um símbolo de força e poder, de boa sorte e de protecção, nomeadamente o dragão chinês que no Oriente é visto como aquele que guarda o Oriente e representa o nascer do Sol, a Primavera e as chuvas (os chineses chamam à chuva torrencial a «chuva do dragão»). O dragão chinês é um símbolo do Imperador, da energia masculina e da fertilidade. Na mitologia chinesa há quatro tipos de dragões: dragões do ar, da terra, da água e do espírito.

Na cultura anglo-saxónica a figura do dragão era usada em escudos como símbolo de poder, força e invencibilidade, sendo também visto como símbolo de imortalidade e, por isso, ser representado em túmulos como guardião da imortalidade.

 

Photo Credits by Helena Simões da Costa © 2015

Foto: Dragão guardião de túmulo no Mosteiro do Jerónimos, Lisboa.

Leão

 

O leão é o rei dos animais na maior parte do mundo, a cor dourada, a juba cor de fogo, a sua grande energia, fazem dele um forte candidato natural a símbolo do Sol, embora a leoa possa ser também relacionada com a lua e com a grande deusa mãe. Encontramos muitos leões esculpidos em portões, tronos e edifícios, desempenhando o papel de guardiões. A imagem do leão surge assim como símbolo de protecção. O leão como gárgula conduzia a água vinda do telhado, combinando-se assim a sua natureza solar com a água, enquanto símbolo de fertilidade. Na Antiguidade, havia leões não apenas em África, mas também no Médio Oriente e na Índia. Eram guardados por reis como um símbolo do poder real e eram usados em caçadas. O leão é também um símbolo budista. O leão é o animal mais importante na arte heráldica, talvez porque a nobreza desejava ser associada à sua bravura e força.

 

Tanto no Oriente como no Ocidente, o leão é símbolo de coragem. Por exemplo, no topo do arco da Rua Augusta em Lisboa, à direita da Glória está a virtude a ser coroada e ao seu lado encontra-se um leão que simboliza a coragem, que para os gregos Antigos é a mãe de todas as virtudes.

 

Photo Credits by Helena Simões da Costa © 2015 (em Lisboa)

 

Cão

 

Na mitologia grega, Cérbero era o cão de três cabeças que guardava o reino dos mortos e que guiava os espíritos. Na tradição judaica e islâmica, o cão é considerado impuro, ao passo que o Zoroastrismo o tem em grande apreço. No entanto, o cão é em todo o lado um símbolo de fidelidade e de protecção, de amor cego e obediência.

 

Photo Credits by Helena Simões da Costa © 2015

Foto: Cão representado nos claustros do Mosteiro do Jerónimos, Lisboa.

Águia

 

Universalmente considerada como o rei/a rainha das aves, a águia é um símbolo do sol, da realeza e dos deuses, em particular os deuses do céu. Representa autoridade, força, vitória e orgulho, e, na China, o princípio masculino ou yang, a visão apurada e o destemor. A águia é muitas vezes identificada com Garuda, personagem mítica indiana que trava combates de morte com a serpente. Tal como o gavião, a águia, ao voar para os céus, olharia de frente para o sol – daí que, na Europa medieval, fosse associada à oração subindo até Deus e à ascensão de Cristo. Na tradição australiana, a águia marinha leva as almas dos mortos de volta ao Sonho. Quando a águia é representada com as asas abertas significa o seu poder e força. A águia nos Estados Unidos da América quando representada a erguer-se sobre um ramo de oliveira simboliza a paz. Para os Astecas, a águia simbolizava o sol nascente e o poder celestial: estava associada aos clãs guerreiros que usavam peças em metal esculpidas com a forma da cabeça da águia como jóia protectora. Para os Sioux, a águia sarapintada representa a essência de toda a vida. As penas da águia são vistas como os raios do sol e o toucado de penas de águia é um símbolo do Pássaro-Trovão, o espírito universal. Pondo este toucado antes da batalha, o guerreiro identificava-se com o poder e a força do deus águia. Os regimentos franceses do exército de Napoleão, inspirados pela prática romana, usavam um estandarte de bronze com a forma de uma águia, sendo que esta era representada a segurar com uma das patas o emblema ou símbolo de Júpiter, o raio.

 

Photo Credits by Helena Simões da Costa © 2015 (em Lisboa)

Cruz

 

A cruz tem muitas formas: a de S. Pedro surge de pernas para o ar; a de Constantino combina Qui e Ró, as duas primeiras letras gregas do nome Cristo; a âncora combina a cruz e o crescente, um símbolo de Maria; e a cruz russa inclui a inscrição e o suporte para os pés de crucifixo. A cruz celta tem no centro um círculo que representa o Sol. Este anel, símbolo do cristianismo irlandês representa o Sol e a eternidade.

 

Photo Credits by Helena Simões da Costa © 2015

Foto: Cruz em Santa Engrácia, Lisboa.

Estrela de David

 

Símbolo capital do judaísmo e do Estado judeu, a estrela de David está também ligada ao misticismo judeu. Os seus triângulos representam o sol, o fogo e a energia masculina em união com a lua, a água e a energia feminina. Os dois triângulos unidos simbolizam o equilíbrio do universo.

 

Photo Credits by Helena Simões da Costa © 2015 (em Lisboa)

 

 

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